sexta-feira, 14 de junho de 2013

Prisões e violência contra jornalistas repercutem na web

Com pelo menos 15 profissionais feridos e dois detidos em São Paulo, jornalistas criaram página para discutir o tema

Após a prisão de, pelo menos, dois jornalistas e 15 profissionais de imprensa feridos durante as manifestações desta quinta-feira, 13, em São Paulo, uma página foi criada no Facebook para debater o tema. ‘Ato contra a prisão de jornalistas’ tem como organizadores Bia Barbosa, Marina Terra, João Brant, Daniel Cassol e Rachel Duarte – estes dois gaúchos – e se propõe a debater o assunto. “Por enquanto, não existe nenhuma atividade ‘offline’ sendo organizada. Este evento foi criado para levantar a questão e abrir a discussão sobre o que pode ser feito. Ideias são bem-vindas”, diz o texto de apresentação. A página já acumula 395 adesões à iniciativa.
O fotógrafo Fernando Borges, do Terra, e o repórter Piero Locatelli, da CartaCapital, foram detidos enquanto cobriam a manifestação contra o aumento no valor da passagem de ônibus em São Paulo. Locatelli foi preso por portar vinagre - usado como ‘antídoto caseiro’ contra os efeitos de gás lacrimogêneo, e utilizado por alguns profissionais para conseguir cobrir o protesto – e liberado após duas horas. Já Borges foi solto após 40 minutos. Segundo informações do Terra, ele estava identificado com crachá de imprensa, equipamento fotográfico de trabalho e se apresentou como jornalista. Mesmo assim, foi levado por policiais.
As agressões contra a imprensa também chamaram a atenção. O fotógrafo da agência Futura Press Sérgio Silva foi atingido no olho por um tiro de bala de borracha e corre risco de perder a visão. Outro caso semelhante é o da repórter Giuliana Vallone, da TV Folha, também atingida no olho em situação semelhante. Há ainda o caso do repórter Pedro Ribeiro, do Portal Aprendiz, agredido por sete policiais, como mostra um vídeo.

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