A Defesa Civil confirmou os números oficiais dos atendimentos realizados pelo órgão municipal entre a madrugada de segunda-feira (11/11) e o final da tarde de terça-feira (12/11). O Município registra, até o momento, 90 casos de famílias desabrigadas e desalojadas. Foram encaminhadas para um abrigo, improvisado na sede campestre da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar (ACAS-BM), quatro famílias que ficaram com as casas inundadas, somando 20 pessoas. Elas estão recebendo ajuda da Secretaria Municipal de Assistência com fornecimento de cestas básicas e agasalhos doados.
Outras 86 famílias continuam próximas às moradias, em casas de amigos ou familiares. São pessoas que ficaram desalojadas, mas permanecem monitorando as residências com medo de saques ou ataque de vândalos. O presidente da Defesa Civil, secretário de Obras Felipe Abib, confirma que 10 equipes continuam trabalhando na remoção e controle da situação nos bairros e vilas da cidade. De acordo com a Defesa Civil, são necessários embasamento e levantamento completo das perdas nos setores agrícola e pecuário. As lavouras, preliminarmente, apresentam danos consideráveis, admite.
Diante disso o prefeito Roque Montagner determinou que a Secretaria Municipal de Agricultura, através de dados da Emater, Irga, Sindicato Rural, Associação dos Arrozeiros e cooperativas ligadas a prestação de serviços e financiamentos aos produtores, façam um levantamento criterioso de perdas na área da agricultura e pecuária. A partir daí haverá possibilidade de se dimensionar os prejuízos ocorridos por causa da enchente, tanto nos rios Vacacaí e Santa Maria. De acordo com a proporção da situação, o prefeito decretará situação de emergência.
Os números iniciais mostram que 60 vacas foram encontradas mortas. Um cenário de desolação foi constatado na região de Pavão, onde 78 animais ficaram presos em galhos de árvores. Com apoio da comunidade, equipes conseguiram retirar os bovinos com a utilização de um barco a motor. As perdas, com destruição de cabeceiras de pontes ou queda completa, além de estradas danificadas ou ilhadas, ainda estão sendo contabilizadas.
Três localidades ficaram sem acesso com Santa Maria. As comunidades do Pavão, Rincão de Santa Catarina e do Rincão Claro estão com as estradas principais de baixo d’água. No Pavão a situação é ainda mais grave. A ponte principal, que já estava interditada, caiu por completo. A vila dos pescadores, também naquela região, teve que ser evacuada e todas as moradias ficaram inundadas. Os moradores daquela localidade estão utilizando um desvio pelo Corredor dos Giulliani. Levantamento mostra que quatro pontes estão comprometidas em toda a zona rural. As fortes correntezas danificaram as cabeceiras e tornaram impossível o trânsito de veículos leves e pesados. Uma delas está localizada na região de Azevedo Sodré, na estrada interna que liga a BR-290 a BR-158. A Defesa Civil interditou o local.
O prefeito Roque Montagner determinou a Secretaria Municipal de Transportes a elaboração de um cronograma de recuperação das vias atingidas, mas ainda não tem uma definição de data ou prazo. No Assentamento Conquista do Caiboaté, dois adultos e oito crianças foram retirados de casa e alojados na residência de outro assentado. A Secretaria Municipal de Assistência Social auxilia com cestas básicas.
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