De Brasília - Nilo Dias

O falecimento de um grande tradicionalista

São Gabriel perdeu semana passada um de seus mais ilustres e queridos moradores, o amigo Doroty Neves Teixeira Machado, de 86 anos de idade. Embora não fosse filho de São Gabriel, nasceu em 21 de abril de 1927 em Caibaté, na época distrito de São Luiz Gonzaga, residiu e trabalhou em nossa cidade por longos 62 anos.

Doroty chegou em São Gabriel em 1951 para servir o Exército, onde reformou-se como oficial. Casou em 1955 com Maria Antonia Cortiana, de cuja união vieram três filhos: Cezar Antônio,Maria Elizabete e Beatris. 

Era um tradicionalista de primeira hora, tendo participado da fundação do CTG Tarumã, do qual foi “Patrão de Honra”. Atualmente era o “Patrão de Honra” do “CTG Lenços Brancos do Bom Fim”. Em 1995 teve seu trabalho reconhecido pela Câmara de Vereadores, que lhe outorgou o “Diploma do Mérito Tradicionalista”. E também, teve seu nome escolhido para ser o primeiro

patrono dos festejos de 20 de setembro em São Gabriel.

Em 1966 foi agraciado com o titulo de “Cidadão Gabrielense”. Também teve intensa participação na vida política local, tendo sido filiado aos partidos PPB, PP, e PSB. Nas ultimas eleições, mesmo com a saúde debilitada, fez questão de subir as escadas do Colégio São Gabriel, amparado pela família, para votar no candidato Roque Montagner, eleito prefeito de nossa cidade. 

Gostava de escrever versos e declamar, tendo publicado em 2007 um livro de memórias que tem por título “Um taura rastreando seu passado". 

Também fiquei sabendo, embora algumas semanas depois, do falecimento ocorrido dia 20 de dezembro do ano passado, do amigo Otmar José Scheffel, na avançada idade de 91 anos. Ele, ao lado do também amigo Jaime Simon, foi fundador da Associação dos Aposentados de São Gabriel. As duas famílias enlutadas, os sentimentos e solidariedade do colunista.

Terra arrasada

Como se previa o prefeito Roque Montagner recebeu uma prefeitura em estado lamentável, quase terra arrasada, o que o obrigou a suspender o atendimento ao público por alguns dias. Sucateamento de máquinas, dívida de mais de R$ 10 milhões (até agora, deve ser bem mais), lixo espalhado por toda a cidade e serviços essenciais suspensos, como a distribuição de alimentos aos mais necessitados. 

Ao que parece, a única coisa entregue em boas condições foi o Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC), o que demonstra o profissionalismo das professoras Miguelina e Sayonara, que fizeram questão de entregar a escola limpa, em ordem, tudo organizado, computadores e arquivos. O professor Beraldo Figueiredo fez questão de ressaltar isso em sua página no Facebook. 

(E-mails: nilodt@hotmail.com e nilodias@ibest.com.br)