sábado, 8 de dezembro de 2012

São Gabriel poderá ter Parque Eólico


A empresa Iberdrola Renováveis do Brasil Sociedade Anônima está buscando arrendar terras na localidade de Meia Lua entre os municípios de São Gabriel e Lavras do Sul, mais precisamente na chanchada Serra dos Marques onde pretende instalar um parque de produção de energia eólica. 
Conforme o esboço do Instrumento Particular de Contrato de Arrendamento de Áreas e Outras Avenças a Iberdrola tem interesse na construção, implantação, operação e manutenção de um "Parque Eólico" ou "Projeto" sobre o solo, subsolo e espaço aéreo do terreno, especialmente na área onde  serão implantado
os aerogeradores, linha de transmissão, subestações e outros equipamentos  que possibilitem o funcionamento do parque eólico.
A estrutura do Parque que compreende a construção, implantação, operação e manutenção serão desenvolvidas em três etapas distintas. Numa primeira fase será feita a mediação dos ventos e a análise das condições do solo para verificar a viabilidade técnica e econômica do Parque eólico para posteriormente serem elaborados os projetos básicos, executivos e de licenciamento ambiental para que sejam aprovados pelos órgãos governamentais competentes.  
Concluída esta etapa a Iberdrola dará inicio a segunda fase do projeto que consta  da participação de leilão público para a venda de energia, implantação, construção do Parque Eólico com capacidade de geração a ser definida, com as conexões elétrica necessárias, cabos, linhas de transmissão áreas, linhas para controle e transformadores, conexões de rede e construção de estradas e da central geradora eólica. A terceira fase do projeto consta da produção e venda de energia produzida pelo Parque Eólico.
Ao firmar o contrato de arrendamento a Iberdrola também já determina prazos para implantação do Parque Eólico. Serão 6 anos desde a primeira fase com a medição dos ventos até o inicio da produção de energia.  
A reportagem do CN tomou conhecimento de que várias pessoas com propriedade na região da Meia Lua foram contatos pelos representantes da empresa em São Gabriel levando proposta de arrendamento que, alias se mostra viável uma vez que os proprietários poderão continuar na área e mesmo que já existam arrendatários este poderão permanecer desde que haja a anuência deste.

Iberdrola quer novos projetos no Estado 

O potencial da geração de energia eólica no Rio Grande do Sul está despertando a atenção de mais um investidor: a empresa espanhola Iberdrola. A diretora da Iberdrola Renováveis do Brasil (IBR), Laura Porto, revela que a companhia tem vontade de se instalar no Estado e já faz estudos de prospecção para implantar parques eólicos na região. Uma demonstração deste interesse foi a recente visita do diretor de Desenvolvimento de Negócios para a América Latina da companhia, Telmo Gabarain, ao Estado. Ele passou pela Fiergs, pela Secretaria estadual de Infraestrutura e Logística e pela CaixaRS.
Laura comenta que a IBR vê o potencial gaúcho em energias renováveis como bastante promissor. Ela salienta a matriz diversificada e rica em fontes renováveis, com destaque para a hidreletricidade, biomassa (em especial de resíduos agrícolas e florestais), além das fontes eólica e solar. A diretora da IBR acrescenta que a indústria local sobressai-se pela capacidade de fornecimento de equipamentos para o segmento de energia.
Desde 2006, a IBR colocou em operação no País o parque eólico de Rio do Fogo, de 50 MW de capacidade, localizado no Rio Grande do Norte. Agora, a companhia se prepara para o leilão eólico que acontecerá em novembro: tudo dependerá das condições do certame. Sobre as regras do mercado eólico no Brasil, Laura lembra que o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa) foi o primeiro marco de apoio a essa fonte. Por meio dele, o Brasil deu, em quatro anos, um salto de 29 MW para 414 MW de potência instalada em parque eólicos, além de mais 500 MW em construção. "Entretanto, isto é muito pouco diante do rico potencial brasileiro", aponta Laura.
A executiva, que antes de assumir a atual posição na IBR foi diretora do Departamento de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas, diz que, para ampliar a participação da fonte eólica, um novo marco é imprescindível. Até agora, só foi anunciada a data do leilão: 25 de novembro. A regulamentação ainda não foi publicada.
Para Laura, a inserção da energia eólica só é factível com um engajamento político nacional, com planos de energia que contemplem esta geração de forma contínua e crescente. É importante descobrir os reais benefícios da fonte eólica e seu real custo para o consumidor. Também é necessário construir uma política industrial comprometida com incentivos fiscais específicos para equipamentos e componentes



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