Presidente da UNEAFRO diz que entidade foi vítima de preconceito pela Prefeitura

O presidente da Uneafro, Homero Costa, relatou a reportagem do Cenário de Notícias – Jornal Bom de Ler a indignação da comunidade Afro Umbandista de São Gabriel após receberem a informação, através do ex-secretário de Planejamento do Município, Pedro Osório Fonseca, de que a Associação Umbandista e

Espírita e Religião Africana (UNEAFRO) não seria contemplada este ano com recursos ou subvenção pelo município. A primeira alegação do secretário é que por ser uma entidade religiosa não poderia receber o auxílio. Num segundo momento foi dada alegação de que o motivo seria o pleito eleitoral que se aproximava.

“Tudo bem, entendemos as explicações do secretário, pois o que é lei deve ser respeitado. Mas tivemos uma grande surpresa quando lemos na internet, no próprio site da Prefeitura e depois na imprensa que haveria distribuição e subvenções a algumas entidades, mas não figurava a UNEAFRO. Por que será? Ficou a pergunta, já que o motivo alegado pela pasta do planejamento juntamente com o procurador Jurídico do Município Everson Dornelles não se sustentava mais. Será que está acontecendo preconceito contra os religiosos Afro Umbandistas no município? Será que o prefeito esquece que somos parte desta comunidade e prestamos sim um grande trabalho social às crianças e pessoas carentes do município, assim como à cidades vizinhas? Senhor prefeito, solicitamos que reveja  seus  pareceres, temos vários projetos concretizados nesta cidade. Há doze anos estamos fazendo e lutando pela nossa comunidade religiosa, temos projetos como Natal dos Pequeninos, a Homenagem Oficial do Município a Yemanjá (a Maior festa religiosa do Município), os encontros entre os religiosos do município, o encontro internacional afro religioso, as campanhas do agasalho, campanhas de  cestas básicas, apoios individuais aos que  buscam os vários templos da cidade. Será que isso não é suficiente para  mostrar o trabalho social prestado pela entidade Uneafro?”, afirmou.

Homero afirma que os religiosos não entenderam a atitude do governo municipal, pois estão em dia com prestação de contas e devidamente legalizados. “Estamos indignados com a negativa de recursos, que coloca em risco nossas atividades e a grande festa do mês de fevereiro, que é a homenagem oficial de São Gabriel à Yemanjá, que atrai turistas de vários lugares e países. Esperamos uma resposta satisfatória a nossa comunidade afro religiosa, sabemos que todas as entidades beneficiadas são merecedoras, mas também temos direito a estes recursos, já que são aprovados pela Câmara de Vereadores todos anos, pelo grande serviço que prestamos a comunidade”.