Desde segunda-feira a noite tramita na Câmara de Vereadores um pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito já denominada de CPI da Água. Protocolada pela Bancada de Oposição a proposição foi encaminhada para análise da Procuradoria Jurídica e, se confirmada sua
consistência, terá sete dias para ser oficializada.
Na sessão que protagonizou o pedido viu-se um grande embate político entre os vereadores que defendem a CPI (oposição) e aqueles contrários que formam a bancada da situação. Os vereadores Rômulo Farias (PSB), proponente, e Antônio Devair Beka Moreira (PDT) estiveram a frente do debate. Beka manifestou-se enfaticamente: "Sempre fui bem claro. Para se instalar uma CPI tem que ter um fato. E até hoje não existe este fato. No nosso entendimento, e vou reforçar aquilo que disse, volta a ter uma CPI eleitoreira".
Para o líder do governo na Câmara a proposta "não passa de ato político para tentar denegrir a imagem do Município de São Gabriel. Não é o nome do prefeito Rossano, mas o nome de São Gabriel que está sendo manchado".
Defensor ferrenho do ex-prefeito Balbo Teixeira, o vereador Rômulo Farias, não deixou por menos na defesa da instalação da Comissão. Para ele "são vários indícios, entre eles, a relação de funcionários da empresa ganhadora com secretários da prefeitura. Além do mais, existem pontos contestados no edital que evidenciaram a intenção de impedir a CORSAN de participar da licitação e, para agravar, o modelo usado em São Gabriel é semelhante ao usado em São Luiz Gonzaga, onde o prefeito acabou sendo preso por participar de uma fraude", finalizou.
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