quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

PASSAGEIRO QUE ESTAVA EM ÔNIBUS DA EMPRESA SÃO JOÃO ACUSA EMPRESA DE “ABANDONO”.


Agricultor elogia a direção da Santa Casa e o atendimento, mas reclama da falta de atenção da direção da empresa São Gabriel que, para não pagar dívida com o hospital e não ter que pagar procedimentos de uma cirurgia, tenta transferir a "vítima" para Passo Fundo
“Nunca vieram aqui e agora não querem acertar com o hospital” – diz. Em entrevista exclusiva, Everaldo Oliveira, passageiro do ônibus da empresa São João, acidentado no começo do mês, dá a versão para o acidente e critica os dirigentes da empresa.
Um acidente que aconteceu no início do mês, em São Sepé, envolvendo um veículo da empresa São João continua dando o que falar em São Gabriel. O hospital de Santa Casa recebeu 27 dos mais de 30 passageiros feridos na capotagem do ônibus que fazia a linha Santana do Livramento – Caxias do Sul. A direção do hospital confirmou, em nota, que 24 pessoas foram atendidas no ambulatório e posteriormente liberadas. Outras três, com ferimentos graves, tiveram que ser internadas. A polêmica começa na internação.
A direção da Empresa São João se recusa a pagar os valores gastos com a internação dos passageiros. Das três, uma já teve alta. Duas pessoas continuam em observação. O caso mais grave envolve um assentado da Conquista do Caiboaté. O agricultor Everaldo Oliveira (37) estava indo para Farroupilha trabalhar na colheita da uva. O acidente, além de impossibilitar o trabalho, lhe deixou momentaneamente sobre uma cama.
Oliveira fraturou a última vértebra. Ele precisa de uma cirurgia de fratura de coluna orçada em cerca de R$ 44 mil. O provedor Roque Montagner garante que o hospital está habilitado para este tipo de procedimento. No entanto, não existe profissional credenciado ao Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento é todo particular.
A direção da empresa São João tenta transferir o “passageiro” para um hospital de Passo Fundo. Se conseguir, todo o procedimento será coberto pelo SUS. Ao mesmo tempo em que tenta retirar o doente do hospital, a empresa faz vistas grossas a dívida com a instituição. “Acreditamos que o valor cobrado com o seguro, na hora da aquisição da passagem, cobre todas as despesas. A empresa tem duas possibilidades: Transfere o paciente para Passo Fundo e paga a dívida com a Santa Casa ou mantém o paciente em São Gabriel, realizando a cirurgia no próprio hospital, mas também pagando a dívida com o hospital”, disse o provedor.
No meio deste jogo de empurra, está o paciente. Oliveira quer fazer a cirurgia em São Gabriel.
ACIDENTE > Everaldo Oliveira lembra com detalhes do acidente. “Em Santa Margarida, o motorista deu uma freada de soco. Eu dormi. Quando acordei, ele estava fazendo zigue e zague no meio da pista. Só podia estar dormindo, pois não tirava o pé do acelerador. O ônibus virou. Eu bati a cabeça e quando acordei tava todo sujo de sangue”.






Fonte: N1Notícias

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