domingo, 7 de julho de 2013

Gaúchos lamentam o sinistro que destruiu o Mercado Público da Capital

No dia seguinte ao incêndio que atingiu o Mercado Público de Porto Alegre, a Brigada Militar (BM) cercou o local para impedir a entrada de comerciantes. Equipes da Polícia Civil e do Instituto de Perícia ingressaram no Mercado Público para tentar descobrir quais foram as causas do incêndio que destruiu ao menos 30% do local.
Na sede da prefeitura, na manhã deste domingo, estão reunidos desde o começo do dia, o prefeito José Fortunati, o vice-prefeito Sebastião Melo, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, o secretário estadual de Segurança, Airton Michels, e o comandante da Brigada Militar, o coronel Sérgio Abreu.

O Mercado Público
Inaugurado em outubro de 1869, o Mercado Público de Porto Alegre foi criado para abrigar o comércio de abastecimento da cidade. O local foi tombado como bem cultural em 1979 e passou por um processo de restauração entre os anos 1990 e 1997, o que garantiu ao lugar um espaço maior aos estabelecimentos comerciais, mas sempre manteve a concepção arquitetônica original.
O incêndio desse sábado não foi o primeiro enfrentado pelo Mercado Público. Em 1912, um sinistro destruiu os chalés internos. Em 1941, uma enchente atingiu o Mercado e, 38 anos mais tarde, mais dois sinistros destruíram as dependências do estabelecimento que serve como cartão postal de Porto Alegre. O local chegou a ser ameaçado de demolição durante a administração de Telmo Thompson Flores. Na época, era cogitada a construção de uma avenida.
Na década de 90, quando passou por reforma, o Mercado Público recuperou a percepção visual das arcadas. O trabalho resgatou as circulações internas, criou novos espaços de convivência e implantou redes de infraestrutura compatíveis com o funcionamento do Mercado. A nova cobertura que possibilitou a integração entre o térreo e o 2º Pavimento.
No 2º pavimento, onde antes existiam escritórios e repartições públicas, diversos estabelecimentos como restaurantes e lancherias passaram ocupar o espaço e ganharam um lugar no Mercado Público. Com nova infraestrutura, o cartão postal de Porto Alegre ganhou também um Memorial, além de duas escadas rolantes e dois elevadores. O custo da reforma ficou, na época, em R$ 9 milhões, sendo, 88% do orçamento da Prefeitura, e os demais 12% pelo Fundo Municipal do Mercado Público e doações diversas.

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