sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Raul Pont faz balanço das eleições municipais e defende reforma política e eleitoral


O deputado Raul Pont (PT) utilizou o período do Grande Expediente da sessão plenária desta quinta-feira (18) para fazer um balanço das recentes eleições municipais. O parlamentar também aproveitou para defender uma reforma política e eleitoral no País.
Apresentando os números de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos no Rio Grande do Sul e no Brasil, Pont considerou que o PT conseguiu uma vitória significativa no RS, que se repetiu em nível nacional. Conforme o deputado, que preside a sigla no Estado, o partido elegeu 73 prefeitos, 85 vice-prefeitos e 656 vereadores em cidades gaúchas e irá governar, a partir de 2013, 626 municípios brasileiros.
O orador do Grande Expediente apontou que outros grandes partidos brasileiros, como PMDB, PSDB, PP, PDT, PTB e DEM, tiveram queda no número de prefeitos e vereadores eleitos. O PSB, junto com o PT, salientou Pont, foi um dos partidos que mais apresentou crescimento.

Crise de legitimidade
Sobre a reforma política e eleitoral, ele disse que o debate sobre o tema do financiamento das campanhas não é uma preocupação exclusiva de seu partido. “Há uma crise de legitimidade no sistema político brasileiro tal como ele está organizado”, afirmou. Conforme Pont, essa crise é provocada pela “fortíssima influência do poder financeiro nas eleições”.
Como exemplo, citou pesquisas que indicam que 45% dos parlamentares eleitos no Congresso Nacional têm forte vínculo empresarial e que 70% dos deputados eleitos em Brasília estavam entre as 513 campanhas mais caras em todo o País. “É evidente que a composição da sociedade brasileira está muito longe de ter alguma semelhança com esse quadro”, avaliou.
Por fim, o parlamentar, explicou os cinco pontos sobre os quais deve estar alicerçada a reforma que defende: o financiamento público de campanha, a fim de limitar fraudes e facilitar a fiscalização; o voto em lista partidária pré-ordenada e aprovada em convenção partidária democrática; as coligações em campanhas majoritárias, proibindo-se as coligações nas listas proporcionais; a fidelidade partidária, dando a primazia do direito do mandato ao partido e não ao eleito; e uma maior participação das mulheres, com proporção de 50%, alternando-se candidaturas de mulheres e homens nas listas partidárias pré-ordenadas.



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