sexta-feira, 6 de maio de 2011

“o Compromisso do ptb é ser protagonista, e não coadjuvante na próxima eleição”, afirma Adão Santana

Esta semana, o Cenário de Notícias - Jornal Bom de Ler trazem sua principal entrevista o presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no município de São Gabriel, Adão Santana, falando sobre as novidades para os próximos meses e contando um pouco da história do partido. Em caso de dúvidas ou sugestões entre em contato com redacao@cenariodenoticias.com.br.

1- Vereador Adão Santana, tínhamos como indicativo que o mês de abril seria a data para o encontro do PTB, onde seriam definidos os nomes da nova direção do partido aqui no município. Como está esta situação? Será mantida a Comissão Provisória? Terá disputa ou o senhor entende que possa haver um consenso e com isso, o partido saia unido deste processo?
Atualmente não era uma Comissão Provisória, tínhamos mandato até o dia 30 de abril, ela se tornou por força de decisão do Diretório Nacional. No dia 29, às 17 horas, na Câmara de Vereadores, o partido foi convocado para reunião, onde houve a indicação da Comissão Provisória. Os filiados escolheram os nomes. Recebi, anteriormente, essa confirmação do PTB de Porto Alegre. A prioridade da resolução do PTB era para quem já concorreu nas últimas eleições, para quem quisesse fazer parte e até militância. Tínhamos uns cinco ou seis nomes, que já concorreram, como é o caso do Capiotti, do Perdigão, Marco Salgado, o meu, o Celmo, que são nomes que se quisessem se indicar, o Diretório já iria aproveitar, porque é gente que já tem militância dentro do partido, conforme a resolução, já prestou serviço ao partido, já fez legenda, e esse é o pré requisito.
2- Recentemente seu partido esteve nas manchetes como postulante a vagas no secretariado do atual governo municipal, e que acabou não se confirmando. Passado um tempo, como o senhor avaliou esse momento e seu desfecho? Ficaram seqüelas? O senhor confirma que esta pauta voltou e que o partido ainda pode vir a ocupar estes espaços num curto prazo?
Acho que o partido pode sim vir a ocupar. Quem tem militância política tem esse amadurecimento. Mas não com meu nome. Meu nome não fará mais parte desse governo. Meu nome não, mas o PTB tem setecentos filiados aí para decidir. Não tenho mágoa nenhuma, na medida em que o PTB sempre fazia referência algum tempo atrás ao partido do Arlindo, o partido do Salgado, o partido do Adão. Não é e nunca vai ser o partido do Adão. É um partido que tem que ouvir, e a opção em não fazer parte foi da Executiva do partido, que entendeu não ser o momento, a não ser que tivesse, além da Secretaria, compromissos maiores politicamente. O que não era o momento, entendendo assim, em não aproveitar esse convite. Mas o convite não foi feito ao PTB, foi feito ao Vereador Adão Santana, e eu quero transformar isso sempre ao partido, porque o Adão Santana não tem essa vontade, mas outro filiado pode ter. Mas não foi visto dessa forma, como do partido. Caso o convite fosse feito ao PTB, o partido decidiria aceitar ou recusar. Mas fazer parte do governo, eu, particularmente, não farei. Isso é uma decisão já amadurecida em casa, na família. Não há nenhuma mágoa.
3- Estamos a pouco mais de um ano das próximas eleições e o cenário de alianças se mostra indefinido. O senhor trabalha e acredita que o PTB possa ainda ser convidado para compor a chapa majoritária? E em sendo convidado, o senhor é um nome forte para representar o partido nesse desafio? O que falta para o PTB receber este convite?
Eu trabalho para o PTB ter uma grande legenda para vereador. Temos tempo para isso e estamos trabalhando firme e forte. Temos pré-candidatos ex-secretários, provavelmente Ex-Deputado Federal também concorrendo, temos ex-vereadores e outros novos, estreantes, que a gente sabe que são empresários que querem e vem construir. A partir daí, no momento em que o PTB fechar ou se aproximar setembro ou outubro com uma nominata boa, uma nominata que somado os votos pode decidir uma eleição. Convites virão, com certeza, a majoritária ou o PTB entendendo ser forte o suficiente para decidir uma eleição. Acredito que o PTB pode ser no momento, hoje, um partido pequeno, um partido médio, mas que tem força suficiente para decidir uma eleição. E vai ter muito mais em setembro. Aí, dependendo da nossa nominata, aí vai ter uma pré nominata. O ano das eleições encerra o prazo para filiações, para quem quiser concorrer. Aí o PTB vai mostrar a cara, esse é o nosso time, vamos jogar com esse aqui, titulares e reserva. Se houver coligação na proporcional nós temos vários convites, mas eu preservo sempre o PTB com grandes nomes, porque se entender a nominata na proporcional, que deve ter candidato à majoritária, porque não? Não sei o que vai acontecer com os outros partidos, a gente só tem que acompanhar. Me reservo ao direito de dizer que sei muitas coisas dos outros partidos e do meu ainda não sei nada. Eu tenho que cuidar do PTB e temos os mesmos problemas, que é todo mundo olhando como vai acontecer. Eu penso que se candidato a prefeito fosse ou se for algum dia, o que vai me preocupar antes de dizer um sim é quem serão os candidatos a vereadores que vão ir às ruas, quem vai trabalhar e pedir voto para a majoritária. Tenho a dizer que a candidatura a vereador é muito mais difícil do que para prefeito. Pois o prefeito tem uma série de candidatos a vereador pedindo votos para ele. Eu penso que a proporcional faz par, e tenho certeza que todos que têm experiência e já concorreram a prefeito vêem que ganham ou perdem conforme montarem sua infantaria.
4- Na última eleição, o senhor se rebelou e agiu contrariamente a uma decisão do partido, apoiando o atual prefeito. Como o senhor vê os movimentos do partido em relação ao próximo pleito? O partido está unido, há uma sintonia com a direção estadual? E se houverem rebeldes, como o senhor vai agir?
Eu acho que a rebeldia até é um termo de amadurecimento. Na última eleição aconteceu o seguinte: o partido tinha uma decisão de uma candidatura que acabou vitoriosa na majoritária e tomou outra decisão, pois tinha dado a palavra antes. Ficar atrás e ser chamado de rebelde eu não aceito. Tinha um compromisso e o outro lado não se definia. Quando o hoje atual prefeito aceitou e veio, aí todos aqueles que estavam no outro lado já falavam que tinham dado a palavra e não dava para voltar. Esse foi o episódio que aconteceu. Eu entendo que o partido tem um aborrecimento muito grande com isso, em se preservar até o último momento, no sentido de que tem gente que se arrepende até hoje da decisão partidária tomada em 2008, exatamente porque o Rossano não era candidato, então imaginaram que para ganhar teriam que ficar com o outro lado. Quando o Rossano veio, tentaram mudar a Convenção no dia, mas não conseguiram, pois já haviam firmado compromisso na majoritária. E eu estava fora, optaram por uma candidatura a majoritária que eu não acompanharia, por minha vontade. A maioria disse que eu concorreria com eles, porém, não subiria no palanque. E foi o que aconteceu.
5- Fontes dão conta que o prefeito esteja conversando com o PMDB, assim como esteve com a ala perdedora do pleito no PSDB, e “namoros” com PP e DEM. Na sua opinião, o PTB é a última alternativa do PDT para não ir sozinho em 2012? E isto não é um desmero ao seu partido? O que o senhor vai fazer para reverter está situação?
O PTB te confirmo, e se não for assim acho que tem que vender mais cara sua adesão, pois é a primeira alternativa do PDT, os outros eu não sei. Mas tenho a dizer que o PTB e todo e qualquer partido só podem coligar procurando os princípios que mais se aproximam de sua doutrina.
6- Considerações finais:
Quero agradecer, em primeiro lugar, ao convite do Cenário de Notícias para manifestar o sonho de construir uma São Gabriel, uma cidade mais rica e feliz. Porque meu compromisso primeiro é com São Gabriel. E é para São Gabriel e por São Gabriel que eu trabalharei até o final de 2012. O PTB tem uma história tão bonita, tão rica, tão valiosa, que pode transformar, de uma cadeira na Câmara de Vereadores para duas, com chance de haver a terceira nesse futuro mandato. Isso é bem calculado, matematicamente pensado, repensado, e, com relação a majoritária, o PTB chegando em setembro com uma nominata razoável de candidatos vai ter um grande início de possíveis coligações para majoritária. Olhamos com bons olhos esse momento, com os pés no chão, de ter nominata forte para candidatura a vereador, se coligar, mais forte ainda. Olhando para o horizonte, mais próximo ao mês de setembro, será decidido se a candidatura à majoritária é viável agora, ou se amaduremos para 2016. E, se coligar, ai sim vem aquele questionamento: quando, com quem e qual será a participação do PTB? Mas de uma forma bem madura, pois assim como na emoção e na paixão não se deve decidir nada, acredito que a política deva ser pensada assim. Fica o desejo do PTB que numa grande campanha de filiações, nos próximos dias, especialmente nos meses de maio e junho, cheguemos a uma nominata razoável de candidatos, com chance de viabilizar uma majoritária. Aí sim o PTB poderá ser cobrado das coisas que podem acontecer e não mais ser coadjuvante. Lutamos para fazer as coisas, obedecendo a todos os critérios. Nosso compromisso é sermos protagonistas e não coadjuvantes nas próximas eleições.

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