“Eu acredito na mudança em 2012, pois o anseio vem das pessoas”

Nesta semana a Redação do Jornal Bom de Ler traz uma entrevista exclusiva com a empresária e petista, Tani Nunes Vieira. Entre os assuntos abordados, Tani ressalta a importância que é a conscientização popular que hoje clama por mudanças. “Estou feliz por presenciar nos bairros e vilas da cidade, o que antes não era visto, o sentido da mudança de governo municipal e o melhor, o povo quer trocar os mesmos, por uma nova via”, disse. Ela também relatou que sente que o Grupo Estratégico Por Uma Nova São Gabriel, está tomando porte e visa o bem da comunidade gabrielense. “Esse grupo de pessoas que se reúne para estrategiar o desenvolvimento da cidade, sem sombra de dúvidas, será o grupo que estará, a partir de 2013, executando o progresso da cidade frente à Prefeitura e através de muitas cadeiras na Câmara de Vereadores. O povo terá vez e voz”, completou. Confira abaixo a série de perguntas e respostas.

1 – Começa 2011 com várias vitórias para o PT. Tarso Genro assumindo o Estado e Dilma a Presidência da República. Como a senhora vê o crescimento do PT na cidade após essas vitórias?
Vejo uma grande oportunidade de crescimento para o PT. As pessoas estão procurando, nos encontros me perguntam como está nosso partido e isso é muito bom. Um outro bom sinal são as filiações que, nesse momento, pessoas de influência na cidade e com boa comunicação com bairros e comunidades querem participar do PT. Por que isso? É porque estão vendo o que já aconteceu no governo Lula nesses últimos anos, os Programas de Governo, os projetos para as cidades e regiões. Eu acho que é um despertar de consciência. No momento em que as pessoas estão vendo que está acontecendo para o Brasil, para o Rio Grande do Sul, porque não acontecer para São Gabriel também?
2 – Tani Vieira, que teve o nome cotado dentro do partido nas eleições municipais, passadas, para disputar em uma chapa majoritária (para prefeita), inclusive numa coligação com o PMDB (PT/PMDB), e acaba concorrendo na proporcional (para vereadora). Essa decisão teve a concordância da executiva?
Se construiu dentro do partido a possibilidade de uma candidatura a prefeita, mas buscava-se também uma parceria, uma coligação com outros partidos, o que acabou não acontecendo. Cito o exemplo do PMDB, que nós também queríamos coligar na majoritária, que naquele momento a grande maioria do diretório articulava para que acontecesse uma candidatura de majoritária, mas quando não deu uma coligação com outro partido, vimos que não era o momento para concorrer. Então, levamos novamente para discussão com diretório e resolvemos não concorrer..... Isso aconteceu porque o PMDB pensava da mesma forma, que não era o momento.
3 – No ano passado tivemos eleições, e, Tani Vieira, mais uma vez entra na disputa, nesta, como candidata à Deputada Estadual. Como foi concorrer como candidata da cidade sem o apoio do diretório e da executiva do PT municipal?
Eu diria que não foi sem o apoio, pelo contrário, acho que no nosso partido sempre há uma discussão e as pessoas têm idéias diferentes. Eu tive apoio sim, de algumas pessoas da Executiva e de muitas pessoas do Diretório. Posso te dizer que no último momento da candidatura pude perceber que mais de 70% do Diretório apoiava a candidatura Tani Vieira. Não era a pessoa Tani Vieira, era o Partido dos Trabalhadores com um nome à disposição, para que o PT tivesse visibilidade. Meu nome foi indicado por parte do PT Estadual e também pelo grupo pelo qual pertenço dentro do partido. Foi decidido que eu seria candidata para que houvesse uma ampliação no partido, a exemplo de que se eu não fosse candidata, alguns companheiros apoiariam um deputado e meu grupo apoiaria um outro. Isso serve para ampliar o PT. Quanto mais grupos se mobilizarem, mais se faz o crescimento do partido. É nesse sentido que colocamos o nome à disposição, para que haja uma ampliação do partido, para que possamos fazer políticas públicas e trazer a voz e a vez das pessoas, a exemplo os programas que o PT já trouxe para a nossa cidade.
4 – Na semana passada, o PT reuniu-se e apresentou novas filiações, inclusive deixando claro o reforço com a chegada desses novos filiados para as eleições 2012, (tanto na disputa proporcional quanto na majoritária). Você se considera o nome do PT municipal para disputar o pleito em 2012 na majoritária? Ou o PT está formando outro nome?
O PT sempre quer fazer valer a voz e a vez das pessoas. Seja o filiado antigo ou o filiado há pouco tempo, todos terão direito a participação e ao direito de concorrer. Quanto mais pessoas tivermos, concorrendo dentro do PT, poderemos oxigenar nossos grupos. E que saia o melhor do grupo, para concorrer, com mais potencialidade, ou que tenha trabalhos prestados, e o mais importante: a pessoa que sair do grupo será a que nós apoiaremos.
5 – Ficamos sabendo que a senhora participou como convidada, de uma reunião com o Grupo Estratégico Por Uma Nova São Gabriel. Qual a visão que a senhora teve do Grupo? A senhora acredita em mudanças no próximo pleito?
Eu acredito na mudança em 2012, que vem das pessoas, que vem dos movimentos sociais, das comunidades, do povo. A hora que o povo gabrielense quiser uma mudança, haverá candidatos no grupo. Esse grupo que se reúne, são pessoas qualificadas e com experiência. De uma certa forma já foram candidatos, outros são vereadores, pessoas que estão participando ultimamente da política. Têm condições de estudar a política de São Gabriel, o que aconteceu agora, o que está acontecendo e o que nós queremos daqui para a frente. Isso foi uma das minhas falas no grupo, que nós temos que pensar no que queremos de verdade para São Gabriel, para o povo. Não basta eu querer para mim ou uma outra pessoa querer para si, mas o importante é o que queremos para o povo de São Gabriel. Só no momento em que nós soubermos o que queremos e tivermos o direcionamento de uma política, um estudo estratégico, programático, é que conseguiremos uma mudança de política, de idéias, uma mudança do que realmente é necessário que se faça, onde atenda a todas as carências das pessoas de todos os níveis sociais, as carências dos projetos, de atendimento mais específico, atendendo as pessoas no que elas realmente precisam. Na hora que esse grupo tiver um pensamento único, tem e terá a minha participação. Para que se mobilize deve haver uma articulação entre os participes, cada um com suas idéias, com seu tipo de participação, com seu objetivo, mas que nós tenhamos do grupo um objetivo único. Esse objetivo deve ser que queremos: Uma Mudança para São Gabriel, que queremos avançar no projeto político da cidade e, para isso, temos que ter muita coragem no enfrentamento também. Todo o enfrentamento, eu entendo que deva ser de forma conciliadora, enfrentando as adversidades que existem, respeitando as idéias das pessoas e aproveitando o que se tira de melhor do pensamento da maioria. Não basta um grupo pensar pela comunidade. Esse grupo tem que ir à comunidade, aos bairros e saber o que precisam, quais as necessidades da população, os seus interesses, o que é bom para as pessoas, o que vão construir, se as pessoas tem moradia, se tem emprego, renda, se não são discriminadas, se estão confortáveis. O que eu vi na campanha é que existe muito desconforto, que existe ainda muita carência. Sempre digo que com fome ninguém pensa.

Considerações finais...
Quero cumprimentar ao jornal Cenário de Notícias pela iniciativa da entrevista. Acho importante colocar o que cada um pensa. Se cada um colocar e disser o que pensa, e que isso seja de forma construtiva. A gente está plantando hoje para colher quem sabe daqui há dois anos, 4 anos, 6 anos, 8 ou 12 anos. Não devemos ser imediatistas. Vamos ser felizes agora com o que nós temos, sempre com o olhar no futuro. Isso quer dizer: “Pés no chão e olhar no horizonte” .