Os quatro votos da minoria dos vereadores de situação (Adão Santana, Paulo Sérgio Barros da Silva, Antônio Devair Moreira e Vagner Aloy), fizeram com que prevalecesse o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que apontava irregularidades nas contas do ex-prefeito Baltazar Balbo Teixeira referente ao ano de 2006. A votação ocorreu no início da noite de segunda-feira (29), mesmo sem a presença do advogado do ex-prefeito, com todos os vereadores na casa e plenário lotado de assistentes, tanto da situação quanto da oposição. Os vereadores Rômulo Farias, Carlos Alberto Mac Cord Lannes, Claudiomiro Borges, Rui Lucas, Cilon Lisoski e Valdomiro Lima votaram contra o parecer do TCE, mas, mesmo com seis votos, não foi possível mudar o resultado, visto que seriam necessários sete votos.A equipe CN não conseguiu contato direto com o ex-prefeito, mas traz uma entrevista exclusiva com o advogado de defesa do mesmo, Dr. Yascha Golubcik, que alega que não esteve presente na votação devido ao fato de não ter sido convocado para a mesma, ficando sabendo que havia acontecido somente com o contato da nossa redação, após o resultado na noite de segunda-feira.
O que diz o advogado
Em entrevista exclusiva ao CN, Yascha Golubcik, advogado de Balbo, afirmou que na audiência anterior, que estava marcada para terça-feira da semana passada, esteve impedido de comparecer por motivos de saúde. “Foi juntado atestado médico no qual justificou minha ausência. Isto não é nenhum absurdo, isto é normal perante a Justiça. Afinal somos seres humanos passíveis de imprevistos de saúde”. Com relação à audiência desta segunda-feira, Golubcik afirma que ficou surpreso, pois não recebeu nenhuma intimação, sendo que havia protocolado no correio, na sexta-feira, correspondência através do sistema do protocolo integrado, manifestando sua preocupação e esclarecendo que estaria aguardando intimação para continuar a apresentação da defesa que havia sido interrompida anteriormente pelo apagão que deixou a cidade as escuras. O advogado afirma que tem ciência da decisão, mas que, com muita tranqüilidade serão tomadas as providências necessárias. Golubcik aponta que houve cerceamento da defesa do ex-prefeito. “A Câmara agiu de forma a prejudicar meu cliente não me deixando terminar a defesa e por outras atitudes que serão demonstradas no momento próprio”, afirmou. Segundo o que ele alega, o processo não é de cassação dos direitos políticos e sim, se trata de julgamento das contas do exercício de 2006, quando Baltazar Garagorri Teixeira esteve à frente da Administração do Município de São Gabriel.“Com o perdão da ilação já que São Gabriel é uma cidade de tradição de grandes carreiristas. E eu sou um apreciador desde menino do turfe. E vou falar sem palavras difíceis, de uma forma que todas as pessoas possam entender. Este processo parece uma corrida de cavalos. O cavalo do “comissário” ganhou. A parceria presente festejou, tiraram o retrato da vitória. Porém esqueceram que neste tipo de carreira (processo), para a vitória ser confirmada, possuir validade e gerar efeitos legais, durante a corrida deve ter sido respeitado todos os preceitos legais e constitucionais. A pergunta que se faz é: - Foi respeitado o Princípio da Ampla Defesa e contraditório? Acho que o cavalo vencedor vai ser obrigado a fazer o exame anti-doping... Entenderam? O Balbo está muito tranqüilo”, finalizou.
Manifestação do Setor Jurídico e Bancada de Oposição da Câmara
Em entrevista concedida ao CN, o vereador da Bancada de oposição Rômulo Farias, acompanhado pelo representante do Setor Jurídico da Câmara Municipal de Vereadores Ricardo Chagas, assegurou: “A Câmara de Vereadores, ao julgar as contas do ex-prefeito, tinha de assegurar a ele o direito da mais ampla irrestrita defesa. Na sessão de julgamento, não foi permitido ao ex-prefeito se fazer representar por seu advogado constituído, devido ao fato deste não ter sido devidamente notificado. Portanto, houve sonegação dos direitos da defesa”. O vereador enfatizou ainda que até o momento nada impede a candidatura do ex-prefeito nas próximas eleições, pois a rejeição das contas pela Câmara Municipal de Vereadores de São Gabriel não retira os direitos políticos de Balbo. Segundo ele, o TCE não apontou que houvesse improbidade administrativa, lesão ao erário e, tampouco, o ex-prefeito se locupletou ilicitamente de verbas públicas. Apontando apenas irregularidades de gestão.
Manifestação do Setor Jurídico e Bancada de Oposição da Câmara
Em entrevista concedida ao CN, o vereador da Bancada de oposição Rômulo Farias, acompanhado pelo representante do Setor Jurídico da Câmara Municipal de Vereadores Ricardo Chagas, assegurou: “A Câmara de Vereadores, ao julgar as contas do ex-prefeito, tinha de assegurar a ele o direito da mais ampla irrestrita defesa. Na sessão de julgamento, não foi permitido ao ex-prefeito se fazer representar por seu advogado constituído, devido ao fato deste não ter sido devidamente notificado. Portanto, houve sonegação dos direitos da defesa”. O vereador enfatizou ainda que até o momento nada impede a candidatura do ex-prefeito nas próximas eleições, pois a rejeição das contas pela Câmara Municipal de Vereadores de São Gabriel não retira os direitos políticos de Balbo. Segundo ele, o TCE não apontou que houvesse improbidade administrativa, lesão ao erário e, tampouco, o ex-prefeito se locupletou ilicitamente de verbas públicas. Apontando apenas irregularidades de gestão.
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