domingo, 20 de maio de 2012

A incrível história de Henrique

Menino que viveu até os três anos no hospital agora está em casa

Foram mais de três anos de espera para que o garotinho Henrique de Almeida Milioni conseguisse conhecer sua casa. Desde o nascimento, ele morou na UTI do Hospital de Ijuí, pois nasceu com insuficiência respiratória (devido à uma anoxia durante o parto em Santiago) e precisa de um aparelho especial para viver. Como a família não pode comprar, o jeito foi recorrer à Justiça, obrigando o Estado a fornecer os equipamentos. Eles chegaram e estão instalados em sua casa, na Vila Betânia.
Família vivia separada
Conforme Claudiomir Milioni, pai do garoto, a família viveu separada todo este tempo, pois a mãe (Beatriz) ou outro familiar ficava em Ijuí, cuidado dele, enquanto ele trabalhava em Santiago. Isso entristecia a todos, pois os aniversários dele foram no hospital. A prefeitura também irá ajudar, bancando o trabalho dos médicos que irão acompanhá-lo em casa.

A condenação do Estado
A advogada santiaguense, Eloí Martins foi quem cuidou do caso judicial envolvendo o menino Henrique de Almeida, que desde que nasceu vivia na UTI de Ijuí. Ela esclarece algumas questões:

Gastos do Estado
O Estado foi condenado a comprar os equipamentos que custaram em torno de 100 mil reais (uma pequena UTI), com 11 itens. A prefeitura de Santiago terá gastos mensais com medicamentos e materiais: 4 mil e 500, e com profissionais em torno de mil e 400: visita de um pediatra e enfermeira semanalmente; atendimento fisioterapêutico de segunda a sexta e ainda dará o alimento especial. Lembra-se que os valores dos alimentos serão reembolsados pelo Estado à Prefeitura.
Como ganhou a ação? A Constituição garante o acesso à saúde e há julgamentos semelhantes para tratamento junto da família em casos como esses. Mas o importante foi o empenho da Justiça, multando o Estado, numa atitude do juiz Rafael Peixoto.

E quanto à cura?
Não há um diagnóstico fechado nesse caso. Ainda não dá pra saber, embora ele tenha expectativa de vida normal, sendo que a mãe do menino foi treinada para atendê-lo.

Fonte: O Expresso Ilustrado

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