sábado, 19 de maio de 2012

Adolescente morta recebeu ameaças pela Internet

Adolescente morta a caminho da escola em Rio Pardo recebeu ameaças pela internet Arquivo pessoal/Arquivo pessoal
Morta na quinta-feira com pelo menos 10 facadas em Rio Pardo quando ia para a escola, a adolescente Marciele Freitas Pinheiro, 12 anos, havia recebido ameaças pela internet. As mensagens recebidas há alguns meses levaram a mãe a procurar a polícia. Mesmo com o registro de ocorrência, o caso não foi levado à diante na época.
Apesar de não ser a única linha de investigação, a Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que o assassinato da jovem tenha sido premeditado. Isso porque Marciele, segundo o delegado Anderson Faturi, havia recebido ameaças pelo computador há alguns meses.
— Extraoficialmente, pois ainda aguardamos exames, ela não foi vítima de agressão sexual. Também não trabalhamos com a hipótese de latrocínio (roubo com morte).
"Podiam me matar e ter deixado ela viva", desabafa pai de menina
Apesar de o conteúdo das mensagens não ter sido divulgado pela Polícia Civil, o delegado confirma que as mensagens foram enviadas em mais de uma oportunidade para o computador da vítima. Neste final de semana, policiais devem analisar o conteúdo do computador que será periciado ao longo da semana.
O delegado também preferiu não revelar, por enquanto, quem seria o autor das ameaças pela recebidas pela vítima.
— O que posso dizer é que eram enviadas pelo computador. Não temos conhecimento de que ela também tivesse sendo vítima de ameaças por telefone.
As ameaças já haviam sido comunicadas à polícia. Segundo o delegado, a mãe da adolescente chegou a registrar meses atrás uma ocorrência sobre as mensagens recebidas pela filha. Questionado sobre o fato de o boletim não ter motivado uma investigação, o delegado se defendeu:
— Ela não representou criminalmente no momento da ocorrência (procedimento exigido no momento do registro para crimes como ameaça, calúnia, injúria e difamação para que um inquérito seja aberto). Ficou de trazer cópia das ameaças, mas não voltou à delegacia. Achamos que ela tinha perdido o interesse naquilo.
Enquanto o computador da vítima não é periciado — o que deve acontecer ao longo da próxima semana —, uma equipe de policiais tentava reunir neste sábado mais informações sobre os últimos passos de Marciele para saber se sua rotina havia sido afetada dias antes do crime.
Conforme o pai da vítima, Márcio Lisboa Pinheiro, 33 anos, a menina foi morta no caminho que sempre usava para ir à aula.
— A gente morava no interior, mas ela se mudou para a cidade porque precisava levantar muito cedo para ir à escola. Era complicado. Mas nos fins de semana, ela ia para o interior.

FONTE: ZERO HORA

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