terça-feira, 20 de março de 2012

Incubadora de Talentos

Por Soeli de Oliveira

Podemos contar com três certezas na vida. A primeira delas é a de que nascemos, a segunda é a de que vamos morrer e a terceira é a de que, querendo ou não, tudo vai mudar. Destes fatos e suas consequências não há como fugir. Temos que encarar a realidade de que acordamos a cada manhã com a dádiva de um novo dia, em um mundo diferente de ontem.
O mercado exige cada vez mais agilidade, qualidade, flexibilidade, competitividade e comprometimento. É crescente o número de clientes exigentes, intolerantes às falhas e ávidos por novidades.
A capacidade da equipe de trabalho determina o tamanho das conquistas das instituições. A chave para ser o sucesso nesta espiral de exigências e mudanças é o aprendizado contínuo. Colaboradores que encaram os treinamentos promovidos pelas empresas como um pesado fardo, chegando atrasados e saindo mais cedo, com frequência são frutos de uma equivocada seleção, sendo que a primeira missão de um líder é a formação da equipe com que vai trabalhar.
Isso significa que para começar uma gestão com o “pé direito” deve-se colocar para dentro da organização pessoas capazes de contribuir para a consecução dos objetivos organizacionais, e colocar para fora dela os que sabidamente atrapalham. Albert Einstein, o pai da teoria da relatividade, apontou certa vez que “quando recebemos um treinamento devemos receber como um valioso presente e não como uma dura tarefa”, pois tudo o que fazemos de forma prazerosa torna-se uma diversão e não uma pesada obrigação.
O que diferencia uma empresa medíocre de uma que se destaca no mercado são as pessoas comprometidas. A princípio, muitos dos recursos tecnológicos são acessíveis a todos, mas a principal vantagem competitiva é o valor que cada colaborador pode agregar à organização e ao seu trabalho. Campeões a caminho do topo não perdem oportunidades de aprender, o que inclui também a 'desaprendizagem', uma vez que é preciso despir-se de velhos filtros, conceitos e pré-conceitos para, em seu lugar, colocar os novos. Mas, além da disposição de aprender, quais são as outras qualidades de um bom profissional?
Certamente o profissional que “vale seu peso em ouro” não é o mais inteligente e brilhante, mas o mais comprometido. É o que atende aos pedidos imediatamente, que está sempre pronto a colaborar com seus colegas, o que está constantemente procurando saber mais sobre a empresa, que não fica olhando o tempo todo para o relógio para saber a hora de ir embora.
O bom profissional é o que termina as coisas que começa. É aquele que presta atenção aos detalhes de tudo o que faz; o que irradia felicidade, participa, dá opiniões e “briga pela empresa”. É aquele que repassa as informações a seus colegas, subordinados e chefes – que não “guarda” informações relevantes para si como forma de demonstrar “poder”. É o mais polido e educado – além de competente. É o comprometido com a marca e com os produtos da empresa.
Esse profissional respeita o ambiente de trabalho desde como se veste até como se comporta e fala. Ele é ético – não mente e respeita os colegas e os clientes. É o profissional que trabalha sintonizado com as três dimensões do tempo: o passado, para não repetir erros já cometidos. O presente, porque é nesta dimensão do tempo que as ações acontecem. E o futuro, pois sabe que nele se encontram todas as ameaças e oportunidades.
Pessoas assim, com raras exceções, encontram-se à procura de emprego. Mais do que sonhar em encontrá-las através de custosos processos de recrutamento e seleção é preciso ser uma incubadora de talentos, acreditando nas pessoas, proporcionando-as um bom ambiente de trabalho, reconhecimento e desafios.

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