quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Assentados recebem projetos de estradas

Técnicos do Incra/RS apresentaram na sexta (12/02) a representantes das famílias assentadas em São Gabriel os projetos para as estradas internas de quatro assentamentos do município e de um em Santa Margarida do Sul. Serão construídos 116,3 km , com um investimento do Incra de R$ 2,35 milhões.
“O marco inicial para a execução dos projetos é hoje, com a apresentação e entrega da ordem de serviço à empresa”, disse o coordenador da Unidade Regional do Incra/RS em São Gabriel, Carlos Kovalski. Ele lembrou que as obras propriamente não iniciam de imediato, e que não serão concomitantes em todos os assentamentos. “Primeiro a empresa tem que solicitar o licenciamento ambiental junto à Fepam, se instalar em São Gabriel”.
O engenheiro civil do Incra/RS Leandro Nervis apresentou os projetos com todas as fases, desde a mobilização e instalação de canteiro até o revestimento das estradas e recuperação ambiental após a conclusão. O cronograma total é de 810 dias (dois anos e três meses), e as obras devem iniciar pelos assentamentos mais afastados da sede do município.
Qualidade - Nervis explicou detalhes das estradas que serão abertas. Os projetos começaram a ser elaborados antes mesmo das famílias serem assentadas, antecedendo também o parcelamento das áreas. “Priorizamos divisas de água, fizemos um projeto mais racional”. Como resultado, as estradas terão melhor qualidade e menor custo.
Dois fatores que estão presentes também nas escolhas dos revestimentos, que são diferenciados. Enquanto no Conquista do Caiboaté, Itaguaçu e Novo Rumo as estradas serão revestidas com argila e areia grossa, no União Pela Terra a combinação será de argila com cascalho, aproveitando jazida no próprio assentamento. Em Santa Margarida do Sul, no projeto Novo Horizonte II será usado saibro. Todos os revestimentos foram testados pelo Incra em laboratório da Universidade Federal de Pelotas, e foram escolhidos pela resistência e durabilidade, além da adequação como solo e relevo das áreas.
Uma cópia do projeto de cada assentamento foi entregue a representantes das famílias – para quem estradas fazem toda a diferença. “A principal é o deslocamento, o transporte escolar, já começar a transportar alguma coisa de produção. E onde vem a estrada, vem a luz, vem a rede de água” explica Vilmar de Oliveira Martins, assentado no Conquista do Caiboaté. Ele disse que as famílias vão se organizar em uma comissão com doze representantes para acompanhar as obras.