A Secretaria da Agricultura realizou audiência pública para discutir a falta de energia elétrica no interior de São Gabriel. Os questionamentos críticos ao atendimento da AES Sul foram protagonizados por produtores rurais e integrantes da comunidade. O evento, sediado na Câmara Municipal de Vereadores, foi organizado a pedido da população. Por cerca de duas horas, o gerente regional da concessionária, Carlos Rocha, foi
sabatinado. O evento ainda teve a participação do secretário da Agricultura, João Francisco Cunha, e do coordenador administrativo da Secretaria da Agricultura, Ladislê Teixeira.
Em algumas regiões, em decorrência de temporais, nos últimos meses, a população ficou sem abastecimento por um período de até cinco dias. A situação foi caracterização como verdadeiros apagões. Ladislê Teixeira apresentou os propósitos do encontro, pedindo que as reivindicações não se “tornem palavras ao vento” e que soluções possam ser concretizadas. Ele ainda pediu a instalação de um telefone 0-800 para atender diretamente São Gabriel.
A AES Sul tem cerca de 32 mil clientes no Município. Os problemas registrados em dezembro do ano passado, segundo Rocha, são atípicos nos últimos 10 anos. Em 2012, a comunidade ficou 39 horas sem luz. Foram cerca de 19 horas a mais que em 2009, que até 2011, manteve uma média de 20 horas por ano. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a média nacional, no ano passado, girou em torno de 18,65. Até 2017, a AES Sul que reduzir esse número para 10 horas – ano.
Na Região de Catuçaba, a empresa atente dois mil clientes. No local, uma rede (alimentadora) de 750 quilômetros será revitalizada até o final deste ano, com troca de postes e condutores. A administração da concessionária garante ser compromisso da empresa para este ano, com aplicação de recursos na ordem de R$ 600 mil.
Ações deste tipo, com o compromisso de analisar o tempo resposta em casos de chamados no interior e sede do Município, assim como avaliação dos problemas com interrupção de energia elétrica, serão cobradas pela classe produtora com apoio da Secretaria Municipal da Agricultura.
A ata da reunião, conforme o secretário João Cunha, será entregue ao Ministério Público. Cunha admite que projetos, como a implantação de uma bacia leiteira, nos assentamentos, podem ser prejudicados pela falta de energia. O programa – segundo Incra – a produção de 50 a 60 mil litros por mês inicialmente e, em alguns meses, podendo variar entre 500 a 600 mil litros. O secretário foi enfático. “Precisamos encontrar soluções. Pessoas precisam da energia elétrica para puxar água para lavouras. Existem casos envolvendo idosos, com doenças, que não podem ficar sem luz”.
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