sexta-feira, 15 de junho de 2012

De Brasília - Nilo Dias


O pagamento da conta
O atual prefeito privatizou a água em São Gabriel, mas se não se reeleger quem vai pagar a conta será o próximo. A Corsan discute a questão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e certamente o município terá que indenizar os valores corrigidos. E não será pouco. E isso tem que ocorrer, pois não é concebível que se
dê de mãos beijadas a uma empresa privada um bem que é público. Durante os anos que a Corsan explorou o serviço de água em São Gabriel, ela construiu um patrimônio que não pertence à Prefeitura, sim ao Estado. Eu conversei com o presidente da Corsan, Arnaldo Dutra, e ele disse que uma situação dessas deve levar no máximo cinco anos para ser decidida na Justiça. E na sua avaliação o município não tem como escapar do pagamento da indenização, que com os valores corrigidos, deverá ser bastante expressiva.

Devastação
A nova empresa de água de São Gabriel realizou sua primeira grande obra no município: acabou com a área verde que existia na estação de Tratamento da antiga Corsan, na Vila Maria. As velhas árvores foram impiedosamente arrancadas. Dizem que vão fazer um campo de futebol no local. É a velha história, não tem pão, dê-lhe circo. 
Outra coisa. Estão jogando esgoto sem tratamento no rio Vacacaí (m... pura). Os técnicos (serão mesmo?) ao que parece não entendem nada do assunto. A tal empresa (ir)responsável pela água e esgoto no município está me surpreendendo: é bem pior do que eu esperava.

Mais um livro de Lúcio Vaz
Aconteceu no último dia 5, o lançamento do livro “Sanguessugas do Brasil”, de autoria do jornalista gabrielense, Lúcio Vaz, de 54 anos, sendo 34 de profissão. A solenidade ocorreu na Livraria Saraiva, do Shopping Pátio Brasil, em Brasília. Recebi atencioso convite, mas devido aos problemas de saúde que enfrento, não compareci. 
“Sanguessugas do Brasil” reúne casos de corrupção e de abusos econômicos, cometidos por empresas brasileiras e multinacionais, ocorridos nos últimos 20 anos. A obra relata desde a “máfia dos sanguessugas”, que dá título ao livro, até o “mensalão”, continuando com uma radiografia dos lobistas na Capital Federal, desvios de verbas de infraestrutura, fraudes na distribuição de remédios, obras inacabadas, crimes ambientais e muito mais. 
Lúcio Vaz também é autor do livro ”A ética da malandragem – No submundo do Congresso Nacional”, lançado em 2005. É uma obra polêmica, em que o autor cita a existência de dois Congressos: o oficial, que faz leis para o país crescer e um outro, subterrâneo, revoltante e criminoso, que age desde a venda de votos, até o tráfico de drogas.

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