quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

“No meu partido não existe comando”, diz Rui Lucas


O Cenário de Notícias procurou o vereador Rui Lucas que recebeu a equipe em sua residência. Veja abaixo as perguntas e repostas da entrevista exclusiva.
Diante da sua mudança de idéia na votação que pode-se dizer histórica para São Gabriel, como o senhor vê o seu futuro político, agora sendo aliado ao governo opositor ao seu partido?
A questão da política são momentos. Ás vezes tu está com uma idéia e mais tarde amadurece outra, acabando por investir naquela que tu amadureceu. Na verdade mesmo, essa mudança ocorre em benefício das pessoas. Eu sempre coloco assim: o livre arbítrio deve ser colocado em primeiro lugar. Na questão da política, como eu não sou político, sou um homem que vem de uma base humilde, pobre e sempre aprendi a fazer o bem para as pessoas, eu encontro um peso muito grande, porque existem interesses acima do Ser. Pra mim é difícil trabalhar na política e estava pensando com a minha família em ficar somente com esse mandato e depois vou seguir minha vida fazendo o bem. Dói, eu sei que dói. Os funcionários da CORSAN, que não têm nada a ver com isso aí, trabalham bem, são ótimos funcionários, mas a companhia Corsan, e um todo não viu isso aí. Não pretendo mais ser candidato porque existe um plano que esse ano deve consolidar. A minha mãe e minha família toda mora no Rio de Janeiro, há uma necessidade e já era pra eu estar lá, mas ainda não fui porque fui eleito. Talvez no decorrer desse ano deva consolidar isso aí. Eu sou aposentado, minha esposa é aposentada e meus dois filhos trabalham. Tudo o que eu tenho agora conquistei antes da política, como fruto do meu trabalho. Acho que as pessoas vão entender a minha posição, mesmo que falem coisas que não podem provar.
O senhor tem ciência de que acordos políticos dentro de uma sigla são importantes para a coletividade?
Eu tenho e, na verdade, tem pessoas que não gostam de política, mas é através da política que se consegue avanços. Desde que entrei na política percebi isso aí. Tudo passa pela política, tudo é uma política, boa ou má, mas é uma política.
Quanto a sua votação, contrária àquilo que o senhor pensava antes quando defendia a idéia do partido que o elegeu, pode-se dizer que teve algum acordo seu com a base aliada do governo? Que tipo de acordo foi esse que fez o senhor mudar de idéia?
Eu sempre tive uma amizade muito grande com o prefeito Rossano, sempre tive um acesso bom na prefeitura e até era cobrado por isso. As pessoas diziam: ah, mas tu é oposição ao governo e chega na prefeitura, o prefeito te recebe e tu conversa com ele. Eu conheço o Rossano há muito tempo, na época que ele foi vereador votei nele, e existe uma amizade muito grande. Logicamente, conversando com o plano total eu passei estudando mais de cinco dias todo o plano, o avanço que poderia ser, a dor do outro eu também aprendi a conhecer e por isso eu decidi apoiar esse ato. Não quer dizer com isso que eu vá dizer amém a todas as coisas que o Executivo fizer, vou continuar cobrando, e muito. Não houve acordo, porque eu aceitei o que ele me disse, fui contra, mas os argumentos dele sobre o plano, após analisar, achei que é bom e pode ser bem executado. Quero deixar bem claro também que não possuo cargos no Executivo. A Lei Eleitoral e o estatuto dos partidos são claros quanto a infidelidade partidária.
Quando o senhor mudou de idéia estava ciente de que corria o risco da expulsão do partido e perda de mandato?
Eu estou ciente de tudo, mas não fui infiel ao partido. No meu partido não existe um comando, quando o ex prefeito Balbo saiu do partido, ficamos muito a deriva, estamos reconstruindo o partido novamente, não vejo por esse lado. Não fui infiel ao meu partido, ele tem idéias e as idéias se somam, então eu não vejo por esse lado. Não conversei ainda com meus amigos, companheiros de partido, colegas vereadores por que a gente está em recesso, mas vamos voltar a conversar, temos coisas importantes, agora temos que analisar as contas do ex - prefeito Balbo. São coisas que vão se construir e eu não tenho nenhum temor em relação a isso.
Considerações Finais:
Gostaria de dizer a São Gabriel que o Rui Lucas, que eles conheceram e conhecem, continua o mesmo. Aqui na minha casa pode-se dizer que há uma romaria de gente buscando ajuda, e eu vou continuar fazendo esse trabalho. Isso não mudou nada a minha vida, pelo contrário. Claro que temos que torcer para que esse plano dê certo, se não der vou me culpar também, pois quantos erros temos na vida? Será um erro meu, mas tenho certeza que tomei a decisão certa e que vai dar certo. Desejo felicidades à todos nesse 2011.

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