quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ÁGORA - Luis Giovani Rodrigues

Olá, mais uma vez retornamos, dentro da velha roda viva da vida. A pouco mais de um ano quando saí do Partido dos Trabalhadores, que também não publicava textos , mas nem por isso, deixei de ler, de acompanhar a rotina literária jornalística da nossa cidade. Que diga-se de passagem me faz viajar entre o lírico e o hilário sem sair do parágrafo. Claro que sabemos e reconhecemos a importância e o quanto é fundamental para o desenvolvimento do pensamento sócio-coletivo da nossa comunidade termos essa gama e diversificada quantia de jornais circulando e derramando sobre nós, e em São Gabriel ,como se fosse chuva ácida suas opiniões, incluindo claro este.
Toda essa babel inescrupulosa faz com que em alguns momentos enganemo-nos e por conseqüência confundimo-nos com o que é e a onde estão a ordem das coisas.
O efeito? Bem, pode ser o mais variado, inclusive catastrófico, pois o jornal acaba em determinado momento substituindo, por exemplo, os poderes, o que a meu ver é muito grave, veja , do ponto de vista do cidadão comum, onde me enquadro,que necessita da intervenção do poder público para ter uma condição mínima de sobrevivência , perplexamente ficamos sem saber a quem recorrer.
Ora bolas! A impressão que fica, falo da nossa aldeia, que não existe projeto para nada , porque a vida em nossa cidade é pautada pelos jornais. E pior, a nossa eterna esperança de morador da periferia, que é ver nossas necessidades atendidas ao menos no mínimo, fica sentada no camarote vendo as mentes brilhantes que deveriam ao menos nos dar alguma satisfação satisfatória escondem-se atrás das manchetes que muitas vezes muito pouco interessam para nós que moramos longe demais do centro caótico da nossa cidade, e sim na sua maioria das vezes servem apenas para ilustrar comicamente desavenças e devaneios pessoais. E este que ora o amigo leitor manuseia não foge a regra.
Por isso, e não só por isso apresento-lhes a Ágora, que todos bem sabem,que na Atenas antiga era o nome dado a “praça” pública, que tinha como característica ser um espaço, um lugar onde se deliberavam assuntos importantes para a VIDA dos cidadãos e da sociedade como um todo.E como diz Glaucia Rodrigues Castellan professora da USP, “... a contraposição entre os povos que tinham e os que não tinham a sua Ágora, é que os que não tinham eram considerados Bárbaros , pois na maioria das vezes tinham como sistema de governo a monarquia, e como tal nada deliberavam, pois entendiam não ser necessário a discussão. Uma vez que apenas uma pessoa decidia por todas as outras...”.
Reflita sobre isto!!! Mas reflita agora!!!

Um abraço para o Gigante lá do Passo da Lagoa, um antigo amigo que pediu várias vezes para que eu voltasse a escrever. No mais cito o Otto “ acabo de comprar uma TV a cabo,e acabo de entrar para a solidão“.

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