quinta-feira, 13 de agosto de 2009

MST x Prefeitura: fica tudo como estava


Em entrevista coletiva o prefeito afirma que não chegou nenhuma verba Federal para o assentamento, e o município não vai investir o dinheiro público naquele local.

Em virtude da invasão do MST à prefeitura, reivindicando a implantação de escola, unidade de saúde e transporte para os assentados, ontem (12), o prefeito Rossano Gonçalves (PDT) concedeu agora de manhã uma entrevista coletiva para a imprensa gabrielense.
Na coletiva, o prefeito assegurou que não chegou nenhum recurso do Governo Federal destinado ao assentamento do MST, como diziam os líderes do movimento, enquanto invadiam a prefeitura.
Rossano aproveitou a ocasião para deixar bem claro que não vai investir nenhum centavo no assentamento, até que chegue a verba do Governo Federal, e que a única medida que está a alcance do Governo Municipal é continuar pedindo que destinem a verba para suprir as necessidades dos assentados. Para ele, a Reforma Agrária aqui em São Gabriel é falha, pois quem ganhou a terra foi simplesmente desamparado por quem lhes prometeu melhores condições de vida e trabalho.
Na opinião de Rossano, essa manifestação foi uma manobra política, e que a maioria dos manifestantes estavam ali de contra vontade. Mesmo assim ele não vai virar as costas para quem realmente precisa de amparo, mas continuará defendendo o dinheiro dos gabrielenses e “combatendo” os supostos líderes que usam o povo em benefício próprio.
Ainda na coletiva, reafirmou uma posição antiga, de que a Reforma Agrária poderia ser feita com os arrendatários de terras da região, não com os integrantes do MST, acrescentando que a invasão foi na porta errada, que a culpa é do Presidente Lula (PT), pois foi ele quem os assentou ali sem nenhum projeto e sem os 37 milhões prometidos.
Em Resumo:
De nada adiantou para os assentados ter invadido a prefeitura, pois a situação continua a mesma: O prefeito vai continuar sem investir nenhum centavo da arrecadação do município em saúde, escola, nem transporte para eles, até que o Governo Federal mande a verba. O prefeito afirma que está fazendo todo o possível para resolver a situação, porém não há prazos nem previsões. Enquanto isso as crianças continuam sem escolas e os doentes sem médicos.

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