A Educação Inclusiva está sendo vivenciada de forma mais significativa nas escolas municipais de São Gabriel e com ela cresce o desafio de garantir uma educação de qualidade, contemplando os alunos com a oportunidade de aprender com as diferenças. Disposto a dar suporte efetivo à inclusão no ensino, o Município avança gradativamente também na formação de seus alunos, oferecendo-lhes uma educação solidária. Ao contrário de como vinha sendo feita a inclusão, de forma que o aluno especial tinha que se adaptar à escola, as escolas municipais hoje, estão preparadas para receber o aluno especial. “No contexto atual, onde a inclusão é latente e real no ensino, a maioria das nossas escolas está pronta, tanto com o quadro de professores quanto à metodologia do ensino e também à acessibilidade nos prédios escolares”, destacou a secretária municipal de Educação Nilvanês Jobim.
As escolas municipais que ainda não foram adaptadas em sua estrutura física já estão encaminhadas para receberem obras, como a construção de rampas de acesso para cadeirantes, entre outras exigências. Para essas adaptações o município utiliza verbas do Programa Nacional da Escola Acessível do Ministério da Educação. Os registros de matrícula da Secretaria Municipal da Educação revelam que é crescente o número de alunos com necessidades especiais que ingressam na rede regular. “Temos plena consciência que trabalhar com a homogeneidade é um ideal ultrapassado, pois desde a Constituição de 1988 a caminhada vem sendo feita em prol da inclusão para todos e nas experiências vivenciadas dentro das escolas regulares. Resistências e obstáculos deixam de existir, pois a diversidade tem trazido modelos positivos”, diz a secretária que enfatizou também, que os alunos sem deficiência, sentem-se valorizados em poder ajudar, auxiliar e partilhar. Mais do que isso, os alunos aprendem a viver com a diversidade. Atualmente as escolas municipais de São Gabriel, já contam com 12 salas de recursos do Atendimento Educacional Especializado (AEE), e de acordo com o censo escolar 2013, 123 alunos são atendidos nessas salas.
A mãe de um dos alunos, Eva Regina da Silveira Corrêa, que estuda na Escola Municipal João Goulart, disse que o seu filho sempre foi bem atendido, “é amado, respeitado pelos colegas e professores, está aprendendo a ler e a escrever como os outros alunos. Algumas pessoas que me perguntavam: -Tu vai colocar teu filho nessa escola? Eu não dei conversa e acreditei no trabalho dos professores e na capacidade do meu filho. No começo ele teimava, era sozinho, mas hoje convive normalmente com todos”.
A Dona Simone, mãe de um aluno com transtorno desintegrativo da infância, que estuda na Escola Municipal José Lima destacou que está muito feliz com meu filho nessa escola. “Eu acompanho os cadernos dele e vejo que tem progredido bastante. Ele gosta de ir para essa escola. Quer ir até quando não tem aula, nas férias ele chorou. Na Escola José Lima ele tem apoio, não sofre discriminação, nem por parte das professoras, nem dos colegas. Estou muito contente com o meu filho na escola, pois ele está mais esperto, mais atento, é o que noto quando viajamos para Porto Alegre para fazer os exames dele. A monitora Nádia sempre foi maravilhosa com ele, sempre tratou da mesma forma que trata os outros. A professora tem carinho e atenção, a diretora é maravilhosa. Até eu melhorei minha autoestima”.
A Rede Municipal de ensino tem 214 alunos incluídos, distribuídos nas seguintes necessidades especiais:Deficiência física: 09. Deficiência intelectual: 159, Transtorno Global de Desenvolvimento (autismo): 01, Transtorno desintegrativo da Infância: 06, Deficiência auditiva: 04, Surdez: 08, Deficiência visual: 15, Deficiência Múltipla: 12.
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