domingo, 14 de abril de 2013

Sessão chegou a ser interrompida durante discurso do novo comandante dos bombeiros de Santa Maria

Alguns momentos tensos marcaram a Audiência Pública sobre a tragédia da Boate Kiss, neste sábado, em Santa Maria. A sessão chegou a ser interrompida durante o discurso do novo comandante dos bombeiros no município, Major Marcelo Maia. Parentes ficaram insatisfeitos com o pronunciamento, vaiaram e contestaram suas posições. Cerca de 130 pessoas compareceram e foi sentida a ausência de Ministério Público e Tribunal de Justiça, que não enviaram representantes.
O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, precisou intervir e pedir calma para a audiência prosseguir. O evento foi promovido pela Defensoria Pública do Estado, para debater e apresentar trabalhos desenvolvidos pela entidade após o incêndio que provocou a morte de 241 pessoas.
Muitos dos presentes acusaram alguns dos membros da mesa, na audiência, de envolverem política nas discussões. Esses protestos foram dirigidos, principalmente, por conta da presença de uma assistente social representante da prefeitura e também de um deputado.
A audiência foi comandada pelo dirigente do núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública, João Otavio Carmona. Também estava presente o defensor público geral do Estado, Nilton Leonel Arnecke Maria. O delegado Marcelo Arigony não quis compor a mesa e ficou na plateia.
Durante os pronunciamentos, o pai de uma das vítimas declarou enfaticamente seu descontentamento com a atitude dos bombeiros da cidade. "Não sei como permitiram funcionar, pois é uma verdadeira arapuca. Uma verdadeira bomba", protestou Nei Carvalho, pai de Pamela Lopes, que morreu na casa noturna, aos 19 anos.



Fonte: Renato Oliveira

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