terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Brasil, um país de riquezas naturais abundantes, e indefesas

Temos à nossa disposição, entre outros recursos naturais, o Aqüífero Guarani, o qual poderia suprir com água potável a atual população mundial por aproximadamente 200 anos, o Pré-Sal com imensas reservas de petróleo, e a Amazônia, lar da maior biodiversidade do planeta. Apesar de toda essa riqueza, cobiçada por outros países, pouco se fez nos últimos 30 anos para protegê-las, pelo contrário, entregamos o controle aos grupos estrangeiros, com a privatização de empresas estratégicas como a Vale do Rio Doce, vendida por preço vil. Assistimos pacificamente ao sucateamento de nossas forças armadas, que perderam a capacidade de dissuasão de um eventual inimigo interessado em nossos recursos.
Pior do que isso, fomos no mínimo burros e coniventes ao desmantelarmos também a indústria nacional de Defesa, com a falência da Engesa (fabricante dos carros Urutu, Cascavel e o tanque Osório) e ao assinarmos tratados como o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MTCR), criado em abril de 1987 pelo Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Grã-Bretanha e os Estados Unidos. Esse tratado assinado pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso, impede que o Brasil desenvolva mísseis com alcance superior a 300 km, algo no mínimo preocupante considerando-se as dimensões continentais de nosso país. Mas o que mais chama atenção nesse tratado é o fato de ter sido criado justamente pelos países detentores do maior arsenal bélico do planeta, e imposto aos países detentores das maiores riquezas naturais. E quem afirma categoricamente que estamos indefesos, não sou eu, isso é dito pelos Generais do Exército. Em entrevista à Globo, “Posso lhe afirmar que possuímos munição para menos de uma hora de combate”, diz o general Maynard Marques de Santa Rosa. “A quantidade de munição que temos sempre foi a mínima. Ela quase não existe, principalmente para pistolas e fuzis. Nossa artilharia, carros de combate e grande parte do armamento foram comprados nas décadas de 70, 80. Existe uma idéia errada de que não há ameaça. Mas se ela surgir, não vai dar tempo de atingir a capacidade para reagir”, alerta o general Carlos Alberto Pinto Silva. Sem capacidade de defesa, só nos resta assistir ao saque de nossas riquezas. Que o Iraque sirva de exemplo.

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