quinta-feira, 9 de setembro de 2010

MP Estadual investiga merenda escolar em São Gabriel


Exibida como orgulho da administração municipal, que recentemente divulgou até mesmo um premio obtido pela Secretaria Municipal de Educação por causa do tema, a merenda escolar de São Gabriel está na mira do Ministério Público. A reportagem do Jornal Cenário de Notícias teve acesso a um ofício da Procuradoria de Prefeitos do Ministério Público do Rio Grande do Sul, encaminhado ao presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Sérgio Barros da Silva (PDT), onde requer informações sobre pronunciamentos de vereadores, falando sobre possíveis irregularidades na contratação da empresa que – atualmente – realiza o serviço no Município.
O ofício, assinado pela Promotora de Justiça Jaqueline Marques da Luz, busca saber se a Câmara de Vereadores teria mesmo instalado uma CPI para examinar o assunto, baseado especialmente em pronunciamentos do próprio vereador Nenê e do líder da oposição, vereador Rômulo Farias (PR), em sessão de 9 de julho do ano passado.
Na ocasião, o vereador Nenê, como líder do governo, buscava responder a queixas feitas por pais de alunos sobre a qualidade da merenda escolar, e apresentou uma justificativa para os problemas: “A empresa tá (sic) se adequando à situação. Como o prefeito quer, como a nutricionista quer, como a secretária quer...é assim que funciona, nós vamos lá olhar. Então o que tá acontecendo, eles tão (sic) se adequando, por isso que eu digo (...) O normal é que saía uma firma e entrava outra e adquiria, comprava fogão, comprava os talheres, enfim, comprava da empresa...a empresa sucessora comprava, eles cediam, negociavam”.
O vereador Rômulo, na ocasião, questionou: “Como é que uma firma ganha uma licitação se não tem a previsão de talheres suficientes e está se adequando para atender a merenda escolar?”. O parlamentar, na ocasião, afirmou que ingressaria com um pedido de CPI para investigar o assunto, o que não aconteceu.

PROBLEMA QUE VEM DE LONGE
A questão da merenda escolar não é um problema apenas para o atual governo. Na administração anterior, do então prefeito Balbo Teixeira, São Gabriel foi uma das cinco únicas prefeituras do Estado que optou pela terceirização da merenda escolar, juntamente com Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul e Passo Fundo. A empresa contratada pertencia ao grupo SP Alimentação, cuja atuação nas prefeituras de Gravataí e Canoas foi investigada na chamada Operação Solidária. “A Operação Solidária recebeu este nome porque visava atacar malfeitorias na compra de merenda escolar pela Administração Solidária de Canoas, que é como o prefeito Marcos Roncheti intitulava seu governo. No decorrer das investigações, a Polícia Federal soube que um grupo de empresas liderada pela SP Alimentos, aliciou políticos, executivos, parlamentares e prefeitos para manipular editais e concorrências com o mesmo objetivo em Canoas, Sapucaia, Gravataí, São Gabriel e Passo Fundo...”, diz o jornalista Políbio Braga, editor do mais antigo blog de política do Rio Grande do Sul.

2 comentários:

  1. Tô achando exagero do MP! Pipoca,chá, bergamota e mariola: tô dentro!

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  2. primeiro colocar o ladrão do romulo, depois colocar certas pessoas dos colegio pra rua.

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