O Rio Grande do Sul garantiu a quarta posição no ranking dos investimentos em saneamento ambiental no País, anunciou a senadora Ana Amélia (PP-RS), em pronunciamento nesta sexta-feira (23), na tribuna. O Estado irá receber R$ 3,3 bilhões por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a distribuição de água tratada e sistema de esgoto em mais de cem cidades.
A boa colocação do RS no ranking, explicou a senadora, foi motivada pela precisão dos projetos elaborados pelos municípios gaúchos junto à Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, do Ministério das Cidades. A maior parte deles executados a partir do promovido em maio de 2011, na Assembleia Legislativa, pela senadora Ana Amélia, em conjunto com o deputado federal Ronaldo Zulke e com o Ministério das Cidades.
O encontro com a participação do secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski, detalhou a forma mais eficaz de participação das prefeituras nos investimentos do programa de saneamento ambiental.
- Dos 496 municípios gaúchos, a maior parte, 387, tem desempenho abaixo da média quando avaliamos o serviço de saneamento básico. Pensando nesses índices organizamos o seminário em Porto Alegre para que os técnicos municipais pudessem elaborar projetos corretos e conseguissem os recursos necessários – explicou.
Ana Amélia observou que somente para Tramandaí, no litoral norte, serão destinados R$ 70 milhões de reais em obras de esgotamento sanitário, com ampliação de redes coletoras e ligações domiciliares. Além disso, as obras de despoluição dos vales do Rio do Sinos, Guaíba e Gravataí estão garantidas com um total de R$ 727 milhões em investimentos.
Baixo desenvolvimento
Ao reforçar a importância dos investimentos no Estado, durante o pronunciamento, a senadora Ana Amélia apontou a falta de saneamento básico como uma das principais marcas do baixo nível de desenvolvimento socioeconômico no país. Ela lembrou que a insuficiente distribuição de água tratada, esgotos a céu aberto e a ausência de tratamento do lixo geram doenças que atingem, principalmente as crianças.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cada real gasto em projetos de saneamento básico resulta numa economia de quatro reais na saúde, observou Ana Amélia. A senadora informou que 75% dos atendimentos de crianças com até cinco anos em ambulatórios deve-se à precariedade de saneamento.
– São pequenos brasileiros, crianças que sofrem de diarréia, dengue e leptospirose pela ausência desse serviço. Sem acesso à água tratada, sem sistema de esgoto, sem coleta de lixo e depósito correto dos dejetos, aumentam os problemas com a saúde da população e, consequentemente, é preciso gastar mais dinheiro no atendimento da saúde – disse a senadora.
Ana Amélia observou que mesmo as grandes cidades são afetadas pelo falta de saneamento básico. A ocupação urbana desordenada, destacou, também agrava os problemas relacionados ao abastecimento de água e saneamento, além de provocar tragédias.
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