quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Papel do Conselho Tutelar em caso no Bairro 3 de Outubro vira polêmica


Na tarde de quinta-feira (16), dois adolescentes, de 14 e 15 anos, furtaram vários objetos da residência de número 209, na Rua Borges de Abreu. Os menores eram vizinhos da vítima. Apresentando atitudes suspeitas, no dia seguinte, os dois menores foram surpreendidos pelas mães, que desconfiaram da atitude deles e por terem visto um aparelho de som desconhecido em sua posse, a Patrulha Tático Móvel (PATAMO) da Brigada Militar foi acionada, sendo que foi possível recuperar um aparelho de som da marca Britânia, com duas caixas, e um aparelho celular da marca Nokia, que encontravam-se na casa de um dos menores.
Os indivíduos foram conduzidos à Delegacia de Polícia, acompanhados pelas mães e a Brigada Militar acionou o Conselho Tutelar, tendo falado com o Conselheiro Paulo, que segundo foi declarado, teria se negado a comparecer e prestar a assistência necessária no local.
Logo após, o Conselho Tutelar foi solicitado também pelas mães, para que pudessem ter auxílio com os procedimentos adotados com os filhos e, mesmo assim, receberam um não como resposta.
Em entrevista à nossa equipe de redação, Patrícia CabreiraTaborda e Rosângela de Oliveira, mães dos menores, afirmaram que estão lutando para tirar os filhos da vida nas drogas e dos furtos, colocá-los em uma clínica ou na Case, mas não estão tendo assistência nenhuma.
“Não temos assistência, quando precisamos deles, sempre inventam uma desculpa para não ir ou não atendem ao telefone. Eles não querem trabalhar! Amanhã ou depois a gente vai receber a notícia de que nossos filhos levaram uma facada ou estão mortos, e vai ficar por isso mesmo, pois procuramos, lutamos atrás de ajuda e não conseguimos”, finalizou Rosângela.
“Por mim meu filho sairia daqui da Delegacia direto para um abrigo, mas o Conselho Tutelar só diz que está lotado ou que não podem encaminhá-lo ao abrigo”, reclamou Patrícia.
O QUE DIZ O CONSELHO TUTELAR
Consultada por nossa reportagem, A conselheira tutelar Minéia Andrade afirma que o Conselho não se negou a atender, mas que a presença do conselho não era necessária porque o menor estava acompanhado da mãe. “Trata-se de um caso que temos conhecimento aqui no Conselho. As mães já tentaram entregar os filhos para o Conselho, só que isso não é possível. Já estamos cuidando deste caso, buscando alguma forma de abrigamento que possa atender ao caso, pois não adianta colocar esses menores em um acolhimento institucional que não tenha a estrutura pra lidar com o caso”, ressalta.

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